2 de Março - mais conhecido como: doce e amargo.
Confusão - do meu coração -, beijos, bebedeiras e afagos.
Lembro de você ali, na minha frente, de costas, quando cheguei.
Comprei o remédio e o veneno daquele dia, e nos envenenamos e nos salvamos, ao mesmo tempo.
Lembro de você ali, na minha frente, me fitando, depois. Eu, encostada num carro, você vindo me beijar, eu não conseguia escapar - e nem queria.
- Me encantasse, menina. Fazia tempo que eu não me interessava assim por alguém.
- Vamos pra sua casa?
(!)
Eu não lembro nem de Horácio, eu acho. Lembro da frase que ecoa na minha mente até hoje:
"Quer namorar comigo? Não precisa responder hoje, nem amanhã, nem semana que vem."
E eu não respondi.
Fiquei com medo porque tuas palavras estremeceram a minha alma, mas não de uma maneira errada. E eu só queria sair dali, ir embora, sair correndo - e eu fui, mas voltei. Gritei o teu nome na casa errada, no chão errado, pelos motivos que me deixaram atordoada, pelo sim impulsivo, pelo beijo de despedida não dado, talvez, até roubado.
E chamei, gritei, clamei, mas você não veio.
Tive sorte em encontrar outros afetos por lá - que contei o quão afetada eu já estava.
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