sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Morrer de amor

Amei, certamente; uma, duas, três vezes. E amaria de novo, ainda achando que amor não morre, se mistifica. 
Eu amo. Quem morre de medo de amar, na verdade, não sabe viver. Quem morre de medo, não sabe que existem motivos melhores para morrer a cada dia. Coloco a cara a tapa. O coração no meio do mundo. Abro o meu peito e deixo o amor entrar; rápido ou devagar. Morri e morreria de amores de novo. Mais uma, mais três, mais cem vezes, eu não me importaria. Quebraria a cara, também, mas umas duzentas vezes. E, tem mais, eu digo que amo. Esconder sentimentos não é para mim. Eu os exponho e os vivo sem medo, mesmo que sozinha.
Amar é se matar aos pouquinhos e reviver mais rápido ainda.
O difícil é aceitar que só a morte nos prepara para a vida.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Meu amor
obrigada
por toda dor

Pelo beijo em mim, não dado
pelo beijo em outra, na minha frente
pelo sentimento jogado
na lata do lixo

Meu amor
obrigada
pela carta de alforria
por tudo, enfim

Hoje eu leio sobre ti
e não há nenhum sentimento em mim
sonhei contigo
acordei e achei que te amava
mas, meu amor
eu não sinto nada.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Num porto a ancorar

Meu coração anda tão pesado
Por conta do peso, eu sigo calado
Flutuo em meu barco, morrendo afogado
Não grito socorro, nem tomo cuidado
O amor me cerca por todos os lados
O amor me acusa de ser o culpado
"Amastes certo, escolheste errado"
Meu peito encolhe, estraçalhado 
Baixinho me pede que seja ancorado
Meu coração
Anda
Tão
Pesado.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Tenho raiva de mim por todas as noites, lembrar de você, antes de dormir. Tenho raiva de mim por não te esquecer um só dia. Tenho raiva de mim por ainda sentir algo por ti; e por lembrar de você beijando outra, todos os dias.
Queria matar tudo que eu sinto por você e tornar em poesia. Queria moer o meu coração até ele virar pó ou maresia.
Eu me odeio mais que tudo por ainda te amar, por querer te chamar de "meu menino", por querer me sentir tua, de novo.
Eu não consigo amar outra pessoa, nem chegar perto disso.
Minhas mãos não se entrelaçam em outras, meus beijos não transmitem desejo, meu corpo não acende pedindo outro. Ele ainda pede o teu, ele ainda quer ser teu.
O meu sorriso ainda lembra de tu. Minhas mãos pedem o teu corpo, a tua boca, a tua barba mal feita.
E me odeio por isso. E me odeio mais ainda por esse ódio não ser maior do que o amor que eu sinto.