quinta-feira, 25 de abril de 2013

Disse que nunca amou ninguém
[como me ama]
num sábados desses
numa tarde dessas
E eu sorri
e desacreditei depois
e quero, por fim, acreditar
Porque, meu amor, alguém assim
como tu, não é fácil de achar.

E eu que sei
que todos os sábados
-segunda a sexta, domingos e feriados-
novas histórias vamos formar
novos sorrisos vão surgir
novos (en)laços
nossos corpos emaranhados
e, talvez, alguns choros
-pra expulsar qualquer gosto amargo.

Quando eu te olho
sinto um negocio doido
Eu sinto como se eu fosse um ímã
e tu, uma barra de ferro
Eu sinto o meu corpo pedindo o teu
Meus lábios querendo conversar com os teus
-roçando a língua, explorando tua boca-
e desejando -o tempo todo-
que tu sejas (só) meu rapaz
e eu, tua menina
e que não nos soltemos
nunca mais.

Doce minha língua com teu gosto
tua saliva em mim
nosso sabor misturado
num emaranhado de beijos, sexo, afagos
Suor, carinho, arranhões
música, poesia
tudo encaixado
lacrado
amado.

Tu és assim, pintado de poesia
faz com que eu sinta um frio danado na barriga;
como se tivesse uma borboleta assassina
querendo matar todas as borboletas que habitam em mim
e elas ficam confusas, sem saber para onde irem
começam a correr, cegas, com medo
e fazem aquela confusão enorme procurando uma saída
e batem umas na outras
causando uma sensação estranha de guerra mundial dentro de mim

Eu te olho e já me entrego
lambo os beiços
tiro lasca
também, a casca
e, não se preocupe, meu amor
pois não fugirei mais da tua casa.

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