sua boca agora livre
suas mãos desimpedidas
seu olhar vagueando
pensar nisso
me deu um asco de morte
não sinto mais as minhas pernas
não sinto mais os meus braços
tudo isso são saudades dos teus afagos
quero pedir arrego
quero os teus beijos
quero teu travesseiro
e também o meu nego
quero vestir uma de suas camisas
quero arranhar tuas costas
te deixar marcado
e um bilhete em cima do armário
meu corpo clama pelo teu
a saudade transborda
o meu corpo todo chora
pedindo um só moço
o meu moço
o meu nego
o meu amor
o meu menino
o meu
o meu que não é mais meu
o meu que eu deixei
que fui embora
e não mais voltei
o meu que não sei como está
e queria muito saber
queria um beijo dar
e fazer tu(do) esquecer
esquecer o que eu não sei (essa frase, você escolhe onde pôr a vírgula)
olhe, meu amor, minhas rimas acabaram, minhas lágrimas se esgotaram e não tenho mais dinheiro pra embriagar-me o suficiente, então eu escrevo. e escrevo pra ver se tudo passa, se eu passo, se passamos - por nós dois, por isso, por tudo. hoje, logo ou depois - ou não, não sei.
amar dói tanto, queria não sofrer, queria que não doesse, queria não ter essa vontade de me encolher ao ponto das minhas costas se abrirem e eu sair de mim e correr pro mais longe possível. eu não aguento mais, eu não me aguento mais.
meu amor, seja feliz, seja muito feliz, mas não perto de mim. amor tem que ser leve, tem que ser puro, o nosso foi breve, mas não mudo. foi até muito barulhento, um cais, amor demais.
meu amor, talvez eu volte, eu não sei. eu te amo, não costumo dizer isso com muita frequência, mas eu amo. com todo o meu amor, todo o meu coração, toda a minha vontade de te fazer feliz - estando aqui ou ai. meu amor, fique mal não, senão eu não (me) aguento.
meu nego, meu dengo, meu preto
sempre disse que não era de homem algum, que eu era minha, só minha e de mais ninguém, mas cá estou. pedindo pra tu me devolver, porque não sou mais minha, me roubastes pra ti. eu sou tua. o meu pote é teu. não sei se quero que tu me devolvas. meu amor, meu menino, to com tanta saudade.
olhe, me atraquei nesse cais por amor demais.
e num é que as lágrimas voltaram? foi só eu lembrar do teu primeiro "eu te amo". 6 de abril, à tarde, encaixados, exalando amor. eu nunca pensei que poderia sentir tanta felicidade ao ouvir essas três palavras. e eu senti. e retribui. meu deus, meu nego, eu quero voltar, eu quero a gente, eu quero nós dois.
mas eu não aguento, eu não aguento.eu não aguento todos os "se" que ecoam na minha mente. e ela é muito traiçoeira, ela não se contenta em me ver feliz. e me dá ideias loucas e me deixa louca. acho que tem ciumes de ti.
olhe, é que eu não aguento. eu sou muito masoquista, mas eu não aguento.
eu não aguento... ficar longe de ti.
nego, eu peço arrego.
e, nego?
espero do fundo do meu coração que todos os fantasmas tomem no rabo
porque eles são fantasmas... mas, eu não.
11 e 12 de Abril.
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