segunda-feira, 29 de julho de 2013

Eterno desequilíbrio em busca do equilíbrio

Parando pra refletir na vida, percebi que estou me encaminhado pra ser uma pessoa melhor. Mesmo que digam que não. É difícil mudar sentimentos de uma vida inteira. É difícil deixar pra lá sensações de medo, traumas, reações, essas coisas; mas, creio que estou conseguindo, mesmo que às vezes eu tenha que andar pra trás porque percebi que estava no caminho errado e, então, pegar o caminho certo.
Eu tenho que agradecer ao meu menino, mesmo com a falta de paciência às vezes, mesmo por ele não gostar de "desabafos" pra todo mundo ver. O que fazer? Isso eu não consegui mudar. Gosto de escrever e colocar aqui, é como se eu tornasse a dor mais leve ou multiplicasse a felicidade.

O fato é que 2013 está sendo um ano cheio de emoções e sentimentos que então, estavam adormecidos.
Há muito que eu não sentia medo de perder alguém. Muito, tipo, 4 anos. E, de tanto perder sem avisos prévios, sem nem ao menos dar tempo de sentir medo, peguei um tipo de trauma: eu não conseguia começar nada se tivesse o mínimo de chance de perder alguém -pra outro alguém- de novo. E isso, de fato, quando teve esse mínimo de chance, virou a minha cabeça. E hoje eu sei que a culpa não foi de outra pessoa, senão, minha. Fui uma pessoa fraca que não soube lidar com a dor, nem com o fato de ter chances da dor multiplicar-se. Vejo que hoje, eu saberia lidar -bem- melhor.

Depois de muitas brigas por coisas bobas, devo agradecer ao meu menino pela paciência e falta dela.
Eu aprendi a dar mais valor ao que importa, que são as palavras ditas diretamente olhando nos olhos, ou o silêncio bonito, que diz mais do que muitas palavras juntas. Ou um beijo, um abraço, um sorriso. E sinto-me estranha; realmente muito estranha e, ao mesmo tempo, orgulhosa por isso. Por mais que eu saiba que talvez, outra(s) pessoa(s) irão pensar que vai ser como das outras vezes, vou dizer que vou mudar ou que mudei e, depois, tropeçar. Mas, essas pessoas deveriam perceber, também, quando eu acerto e não só quando erro.

Hoje, eu entendo muita coisa que não entendia antes. Talvez, por causa dessa mania de criar expectativas de um amor totalmente romântico e bonitinho. Sinto como se eu tivesse saído de uma cabeça totalmente brega e romântica que idealizava muito e que ficava igualmente frustrada quando as coisas não aconteciam do jeito que foi planejada ou idealizada.

Quando a gente passa a compreender que cada pessoa é única e tem o seu jeitinho, que a gente não deve interferir nisso, nem forçar nada, é como se subíssemos três degraus na escada da nossa vida. Uma escada com graus infinitos, que leva ao equilíbrio -mesmo que sejamos o eterno desequilíbrio em busca de equilíbrio- e sinto-me BEM mais equilibrada. Subi três degraus porque eu já tinha descido alguns, creio que dois e me sinto como nunca me senti antes, me sinto uma pessoa desapegada ao que não importa tanto assim. Ainda sou uma boba chorona -porque estou chorando- mas isso é algo que eu sei que nunca vai mudar, faz parte da minha essência. Tenho certeza que é a única coisa que eu não conseguirei mudar (um beijo, também, pra tanta água no meu mapa astral).

Espero -e peço- que as pessoas tenham mais paciência. Que antes de dizer que algo é besteira ou que não entende, ou coisas do tipo, realmente coloquem-se no meu lugar, na verdade, de todas as pessoas.

Eu acordei diferente. Estranhamente satisfeita comigo. Foi como se eu tivesse jogado fora tudo que antes eu precisava e que dependiam de outras pessoas para se cumprir, pra eu estar satisfeita.
Agora e daqui em diante, tentarei não idealizar nada em cima de outras pessoas. Olharei pra mim, vou refletir por mim e para mim, buscando sempre melhorar algo.

Mudanças são sempre bem vindas, mesmo que às vezes sejam ruins -e que essas, durem o tempo suficiente pra te tornar uma pessoa melhor.

O erro é bem vindo, só o aproveite bem, mesmo que tenha que errar algumas vezes, você aprender com eles, é o que importa, afinal, somos humanos e errar é uma condição humana.

Obrigada ao meu menino por me mostrar que o amor é bem mais bonito quando as coisas acontecem no tempo dele e que esperar, atrapalha tudo. Que o amor ao vivo é o único verdadeiramente sentido, o único que realmente importa.

Um comentário:

  1. O importante de tudo que você disse é a certeza de que a cada dia e diante de cada situação nós amadurecemos mais! Amei seu texto, você conseguiu expressar muito bem os seus sentimentos!

    www.universodosleitores.blogspot.com.br

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