quarta-feira, 22 de maio de 2013

(M)eu

Naquelas semanas de fevereiro, eu me prendia num emaranhado de incertezas; até que você veio e mudou tudo. 
Dentre tamanha instabilidade, você veio pra me estabilizar. Você veio sambando na cara de todos os caras que já conheci na vida. Você veio como quem diz: eu vim. E vim pra ficar.
Eu gostei logo de você, assim, de cara. Expus os meus receios, medos, falhas. Despi-me de qualquer imagem erroneamente criada ao meu respeito. Nenhuma vaidade, nenhum personagem, apenas e somente eu, desde o primeiro instante, desde a primeira palavra. E no meio de toda agitação desses nossos mundinhos, entrelaçamos os dedos, unimos os nossos mundos e hoje estamos juntos.
Algumas coisas me mudaram, infelizmente; me deixaram amarga, fria. Todo e qualquer relacionamento que eu entro, vou despida, vou crua, sendo moldada pelas coisas ao meu redor. Esse é o meu mecanismo de defesa. Infelizmente, eu não tenho o poder de escolher se vai ser melhor, ou pior. 
Desde o começo, eu disse que queria algo leve, que não desse trabalho e que eu não precisasse me preocupar... e, então, as coisas foram se encaminhando justamente pro lado contrário, assim como eu.
Mas é a isso que estamos sujeitos quando entramos num relacionamento, assim, sem medo, não é? A gente se joga de cabeça e não se importa, porque sabemos que o momento não-tão-bom é só uma fase. Sabemos que a fase não-tão-boa logo vai passar e vamos passar por cima disso tudo, juntos. Ora, me diga, qual graça teria se entrássemos molhando só as pontinhas dos pés? É como se fossemos nos esconder atrás de uma máscara, como se não mostrássemos quem somos de verdade com medo de assustar o outro. Meu amor, ainda bem que não somos assim. 

Eu quero viver, sabe? Quero me arriscar mesmo. 

Abrir-se de verdade a alguém é estar sujeito a tudo; coisas boas e ruins. É, também, passar por cima das coisas ruins, várias e várias vezes. É dizer que mudou e cometer o mesmo erro e ver o outro passar na cara. Amor, também, é perder as estribeiras e a classe. É fazer as pazes daquele modo que não restam dúvidas que é amor o que a gente sente. E que o resto... ora, o resto a gente passa por cima.
Entrar num relacionamento é estar a mercê de uma cabeça com outras ideias, outros ideais, outros valores, anseios, sonhos, expectativas. O tempo vai moldando a gente e tudo vai se ajeitando.

Eu te amo tanto, sabe? Não menti quando falei que tu és o homem da minha vida. Porque tu és. Nesse momento, é contigo que eu quero ter uma família. É contigo que eu planejo todas as breguices clichês que o amor nos faz planejar.

Eu sou louca por esse teu jeitinho doce. Esse jeitinho que quebra as minhas pernas. Esse teu jeitinho, de estar com raiva e se importar comigo. De estar puto e me dar um abraço na frente de todo mundo... não um abraço qualquer; aquele abraço que nos faz tirar os pés do chão; aquele abraço que nos sentimos conectados com o outro.

Acredito que poucas pessoas tenham conhecido essa minha transparência... até porque, poucas pessoas saberiam lidar. E tu sabe direitinho como lidar comigo, né? Tu tem uma paciência que eu não teria. E te agradeço, porque se estamos juntos, é por causa dessa tua calmaria.


Minha maior alegria, nesse momento é poder vincular o teu nome a um pronome possessivo -e saber, que tu fazes o mesmo. Porque, meu amor, somos de nós dois e de mais ninguém. 

(Só falta a gente aceitar isso).

5 comentários:

  1. Um forte abraço amiga!
    Bjsssssssssssssssssssssssss

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  2. Oi, Maria, vim aqui agradecer sua visita no meu cantinho. E encontro uma história de um amor que veio para revolucionar a sua vida. Muito bom parabéns! Te desejo um dia maravilhoso. bjsss

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  3. O amor faz estas coisas... é um sentimento profundo que parece ser unico neste mundo entre 2 pessoas que se querem muito bem!

    Bjs

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  4. Versátil...! gosta da aventura!

    Bjs " Célia "

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  5. Oi Maria
    Que belo texto, muito envolvente, parece que vc está conversando conosco.
    Bjos.

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